Cachaça, caninha, aguardente, pinga, branquinha ou água que
passarinho não bebe. Quaisquer desses apelidos são facilmente reconhecidos por
brasileiros, e principalmente pelos mineiros. Já o público estrangeiro costuma
conhecer melhor um de seus derivados, a caipirinha.
O produto confirma a cadeia de atrativos gastronômicos
mineiros, como o café e o queijo, a receber destaque entre os turistas do
Brasil e do mundo que visitarão Minas Gerais durante a Copa. De acordo com
pesquisa realizada em 2012, pela Secretaria de Estado de Turismo e Esportes, a
cachaça está entre os itens mais lembrados por turistas que vêm ao estado.
Sobre o tema, Minas Gerais é referência no país e no mundo.
Detentor de 50% da produção nacional, o estado é mundialmente famoso por suas
cachaças. No Brasil existem 25 mil alambiques, sendo que 8.500 estão em Minas
Gerais, conforme dados do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em
Geral do Estado de Minas Gerais (SindBebidas). A cachaça é, ainda, o terceiro
destilado mais consumido no mundo, segundo a entidade.
Por muitos anos, a cachaça foi considerada produto de baixa
qualidade. De acordo com o historiador e professor da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG), Roberto Martins, a cachaça era muito consumida também
pelos escravos e era prescrita inclusive como remédio. “A bebida era muito
utilizada para curar o ‘banzo’, depressão causada por saudade da terra natal.
Além disso, ajudava a manter a temperatura corporal daqueles escravos que
trabalhavam com a metade do corpo imerso nas águas dos rios, em busca de ouro”,
explica.
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