sábado, 7 de junho de 2014

Cachaça mineira se prepara para ganhar o mundo na Copa

Cachaça, caninha, aguardente, pinga, branquinha ou água que passarinho não bebe. Quaisquer desses apelidos são facilmente reconhecidos por brasileiros, e principalmente pelos mineiros. Já o público estrangeiro costuma conhecer melhor um de seus derivados, a caipirinha.

O produto confirma a cadeia de atrativos gastronômicos mineiros, como o café e o queijo, a receber destaque entre os turistas do Brasil e do mundo que visitarão Minas Gerais durante a Copa. De acordo com pesquisa realizada em 2012, pela Secretaria de Estado de Turismo e Esportes, a cachaça está entre os itens mais lembrados por turistas que vêm ao estado.

Sobre o tema, Minas Gerais é referência no país e no mundo. Detentor de 50% da produção nacional, o estado é mundialmente famoso por suas cachaças. No Brasil existem 25 mil alambiques, sendo que 8.500 estão em Minas Gerais, conforme dados do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (SindBebidas). A cachaça é, ainda, o terceiro destilado mais consumido no mundo, segundo a entidade.


Por muitos anos, a cachaça foi considerada produto de baixa qualidade. De acordo com o historiador e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Roberto Martins, a cachaça era muito consumida também pelos escravos e era prescrita inclusive como remédio. “A bebida era muito utilizada para curar o ‘banzo’, depressão causada por saudade da terra natal. Além disso, ajudava a manter a temperatura corporal daqueles escravos que trabalhavam com a metade do corpo imerso nas águas dos rios, em busca de ouro”, explica.  

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