Em Minas Gerais, 164 municípios
já decretaram situação de emergência neste ano em função de seca ou estiagem,
número registrado até nesta sexta. Destes, 131 estão nas regiões Norte,
Jequitinhonha e Mucuri. Das 89 cidades que formam o Norte do Estado, 86 estão
em emergência. Nas regiões do Jequitinhonha e do Mucuri, que reúnem 74
municípios, estão os 45 restantes.
“Estamos enfrentando a seca há
três anos. As perdas em 2012 e 2013 já tinham sido de cerca de 70% na
agricultura, mas, em 2014, a situação piorou. Em 2010, eram 220 mil hectares
produzindo até 400 mil toneladas de alimentos como feijão, milho, mandioca. A
produção não vai passar de 10% disso nesse ano”, afirma o engenheiro agrônomo e
coordenador técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do
Estado de Minas Gerais (Emater/MG), Reinaldo Oliveira.
O secretário de Agropecuária,
Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico de Malacacheta, Rodinei Aparecido
Vieira Costa, descreve um cenário desolador na cidade do Vale do Mucuri. “Temos
produtores que percorrem 3 quilômetros para buscar água para o gado. Muitos
fizeram financiamento para comprar essas cabeças, que estão emagrecendo. A
produção de leite caiu, no mínimo, 40% comparando-se ao ano passado”, diz.
Em Malacacheta, a Copasa e a
Copanor, nos distritos, já estão fazendo rodízio e distribuindo água em regiões
diferentes a cada dia. “Nossa preocupação é que estamos perfurando poços, mas
não está saindo água”, declara o secretário.
Setubinha é outro exemplo da
região, onde a grande preocupação é com a área rural. “Já tivemos perdas de R$
1,34 milhão na agricultura e pecuária”, declara Walter Alves da Silva,
secretário de Administração.
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