Só quem convive com um dependente
químico sabe o drama que é. A luta incansável por um longo período de
abstinência, ou melhor ainda, a recuperação. Como se fala em crack a sensação
de impotência é maior ainda.
E na busca por uma luz no fim do túnel
surge a Iboga, uma raiz africana que está sendo triturada e o pó misturado com
água. De acordo com uma matéria publicada no Estado de Minas os resultados tem
sido animadores. O psiquiatra Dartiu Xavier, diretor do Programa de Orientação
e Atendimento a Dependentes de Drogas da Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp), aplicou a dose de iboga a 75 voluntários. Do total, 51% dos
pacientes conseguiram largar a dependência química. “A taxa de sucesso é alta.
Chega a ser 10 vezes maior em relação à média de 5% de recuperação registrada
nas internações em comunidades terapêuticas”, compara o psiquiatra.
O problema é que a Anvisa ainda
não reconhece o uso da substância no Brasil, e dessa forma, a atribuição de
alegações terapêuticas a este produto é ilegal, já que não há nenhuma
comprovação científica por enquanto. Entretanto, é legítima a importação de
medicamentos sem registro no País, desde que para uso apenas pessoal e amparada
pela prescrição de um médico que se torna o responsável pelo uso do produto. É
a brecha que algumas instituições e médicos brasileiros estão utilizando para
empregar a substância no tratamento da dependência química.
Lei a matéria na íntegra aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário