Parecida com a dengue e com o
mesmo vetor da doença que virou problema de saúde pública no Brasil, a febre
chikungunya chegou ao país principalmente por militares e missionários
brasileiros que voltaram de missão no Haiti. A especialista do Instituto
Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Jois Ortega, diz que as pessoas não
devem ficar alarmadas com a doença, mas sim atentas.
Febre, dores nas articulações,
mal-estar, sintomas já conhecidos por muitos brasileiros, também fazem parte da
infecção pelo vírus causador da febre. Segundo Jois, as dores nas articulações
costumam ser mais intensas na febre chikugunya, mas normalmente a doença é mais
branda do que a dengue. Desde o começo do ano foram confirmados 20 casos de
chikungunya, todos com origem fora do país.
A doença é causada por um vírus
do gênero Alphavirus e transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes
aegypti, transmissor da dengue, e o Aedes albopictus os principais vetores.
Passados os sintomas, o paciente deixa de transmitir a doença para os vetores.
Segundo a Organização
Pan-Americana da Saúde, é raro um paciente morrer em decorrência da doença. A
mortalidade é menos frequente que nos casos de dengue. O tratamento é feito
para combater os sintomas.
Desde 2004, o vírus foi
identificado em 19 países. Porém, só no fim de 2013 foi registrada a
transmissão dentro de países mais próximos do Brasil, como os do Caribe, e em
março de 2014, na República Dominicana. Até então, só a África e a Ásia tinham
a circulação do vírus.
Em 2010, o Brasil registrou três
casos importados da doença, e o Ministério da Saúde passou a acompanhar a
situação do vírus causador da febre chikungunya, orientando as secretarias de
Saúde sobre o diagnóstico.
(Agência Brasil)
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