terça-feira, 5 de agosto de 2014

Rios mineiros têm a menor vazão dos últimos 10 anos

Nos rios mineiros, as vazões registradas em junho e julho são as menores não apenas dos últimos dez anos, mas, em alguns casos, dos últimos cem anos. O alerta é da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), que utiliza o monitoramento da rede básica nacional feito pelo Serviço Geológico do Brasil, Agência Nacional de Águas (ANA) e Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) para acompanhar o controle de vazão nas 17 bacias hidrográficas do Estado.

“Passamos por um período crítico. Choveu até 50% menos do que era esperado. Isso reflete nas vazões de água disponíveis em rios e reservatórios”, disse o superintendente de produção e tratamento de água da Copasa na região metropolitana, Nelson Guimarães. Ele reiterou que não há registro de secas tão intensas nos últimos cem anos, mas salientou que não há risco de desabastecimento de água no Estado. “Essa grave situação nos coloca em alerta”.

Os meses de junho e julho apresentaram as piores vazões nas bacias de usinas dos rios mineiros desde 1931, informou a Companhia Energética de MG (Cemig). No rio Jequitinhonha, em Irapé, junho foi o segundo pior do histórico e julho foi o terceiro pior. No rio Araguari, em Nova Ponte, no Triângulo, junho foi o pior do histórico, e julho foi o segundo pior desde 1931.


As quase 600 estações pluviométricas da Copasa, espalhadas por todas as regiões registraram as menores precipitações dos últimos dez anos. Em várias delas a redução do índice pluviométrico superou os 50%. 

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