Nos rios mineiros, as vazões
registradas em junho e julho são as menores não apenas dos últimos dez anos,
mas, em alguns casos, dos últimos cem anos. O alerta é da Companhia de
Saneamento de Minas Gerais (Copasa), que utiliza o monitoramento da rede básica
nacional feito pelo Serviço Geológico do Brasil, Agência Nacional de Águas
(ANA) e Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) para acompanhar o controle
de vazão nas 17 bacias hidrográficas do Estado.
“Passamos por um período crítico.
Choveu até 50% menos do que era esperado. Isso reflete nas vazões de água
disponíveis em rios e reservatórios”, disse o superintendente de produção e
tratamento de água da Copasa na região metropolitana, Nelson Guimarães. Ele
reiterou que não há registro de secas tão intensas nos últimos cem anos, mas
salientou que não há risco de desabastecimento de água no Estado. “Essa grave
situação nos coloca em alerta”.
Os meses de junho e julho
apresentaram as piores vazões nas bacias de usinas dos rios mineiros desde
1931, informou a Companhia Energética de MG (Cemig). No rio Jequitinhonha, em
Irapé, junho foi o segundo pior do histórico e julho foi o terceiro pior. No
rio Araguari, em Nova Ponte, no Triângulo, junho foi o pior do histórico, e
julho foi o segundo pior desde 1931.
As quase 600 estações
pluviométricas da Copasa, espalhadas por todas as regiões registraram as
menores precipitações dos últimos dez anos. Em várias delas a redução do índice
pluviométrico superou os 50%.
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