Foto: Adriano Neves |
Depois do homem, duas espécies de
cupins são hoje a maior ameaça para o que sobrou da Mata Atlântica na região do
Alto Vale do Jequitinhonha. O cupim branco, que ataca principalmente os
canaviais, e o cupim preto subterrâneo, que ataca as árvores. Agricultores em
Itamarandiba denunciam que o nível da praga está se tornando alarmante.
A praga vem se alastrando com uma
velocidade incontrolável nos últimos 30 anos e colocando em risco as florestas
da região próximas ao parque da Serra Negra, uma unidade de conservação com
mais de 13 mil hectares, reconhecida pela UNESCO – Organização das Nações
Unidas para a Ciência Educação e Cultura.
Para os engenheiros florestais, o
meio mais eficaz de controle da praga é com o uso de agrotóxicos. No entanto,
os pequenos agricultores temem o envenenamento do solo e das inúmeras nascentes
que banham a região, como as do Córrego do Bananal e o do rio Itamarandiba.
A região do Alto Jequitinhonha,
concentra a maior reserva de floresta artificial do planeta, com cerca de 400
mil hectares de área de eucalipto plantada, principalmente nos municípios de
Turmalina, Capelinha, Itamarandiba e Carbonita.
A planta foi introduzida na
região no início da década de 1970. Os pequenos agricultores acreditam que o
eucalipto seja um dos responsáveis pela proliferação dos cupins.
Ainda de acordo com os
agricultores da região, órgãos do Estado como a Emater e o IEF – Instituto
Estadual de Florestas – não fornecem nenhuma orientação de como proceder para
controlar os cupins.
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