domingo, 28 de setembro de 2014

Infestação de cupins ameaça Mata Atlântica em Minas Gerais

Foto: Adriano Neves
Depois do homem, duas espécies de cupins são hoje a maior ameaça para o que sobrou da Mata Atlântica na região do Alto Vale do Jequitinhonha. O cupim branco, que ataca principalmente os canaviais, e o cupim preto subterrâneo, que ataca as árvores. Agricultores em Itamarandiba denunciam que o nível da praga está se tornando alarmante.

A praga vem se alastrando com uma velocidade incontrolável nos últimos 30 anos e colocando em risco as florestas da região próximas ao parque da Serra Negra, uma unidade de conservação com mais de 13 mil hectares, reconhecida pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Ciência Educação e Cultura.

Para os engenheiros florestais, o meio mais eficaz de controle da praga é com o uso de agrotóxicos. No entanto, os pequenos agricultores temem o envenenamento do solo e das inúmeras nascentes que banham a região, como as do Córrego do Bananal e o do rio Itamarandiba.

A região do Alto Jequitinhonha, concentra a maior reserva de floresta artificial do planeta, com cerca de 400 mil hectares de área de eucalipto plantada, principalmente nos municípios de Turmalina, Capelinha, Itamarandiba e Carbonita.

A planta foi introduzida na região no início da década de 1970. Os pequenos agricultores acreditam que o eucalipto seja um dos responsáveis pela proliferação dos cupins.

Ainda de acordo com os agricultores da região, órgãos do Estado como a Emater e o IEF – Instituto Estadual de Florestas – não fornecem nenhuma orientação de como proceder para controlar os cupins.





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